O dia 28 de maio é o Dia Internacional da Luta Pela Saúde da Mulher, uma data bastante significativa para reforçar a importância sobre alguns tratamentos, cirurgias e exames essenciais na vida das mulheres.
Segundo o teste nacional do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,7% da população brasileira é do sexo feminino. Mesmo sendo a maioria, quando se trata de cuidado com a saúde, ainda há alguns pontos que deixam dúvidas. E é sobre eles que falaremos a seguir. Vamos lá?
Sim, esse ainda é um assunto recente no nosso país. Os cuidados com a saúde da mulher foram inseridos nas políticas nacionais da área nas primeiras décadas do Século XX. Antes dessa mudança, essas políticas eram voltadas basicamente às questões relacionadas à gestação e partos.
A partir da década de 1950, outras medidas passaram a ganhar mais notoriedade, como a luta contra a desnutrição, além de cuidados com o planejamento familiar.
Atualmente, existem planos e instruções para doenças como o câncer de mama ou colo do útero, além de boas práticas para proporcionar a liberdade de escolha e autonomia sobre o próprio corpo.
Maternidade, oncologia, planejamento familiar, ginecologia… os cuidados com a saúde da mulher são indispensáveis, ainda mais pensando em longevidade e em diferentes fases da vida. Nós destacamos alguns deles a seguir:
Segundo dados do Intituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor mais incidente entre mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020, o que representa 24,5% de novos casos de câncer que acometem a população em geral.
No Brasil, a estimativa é que ocorram 66.280 casos da doença para cada ano entre 2020 e 2022, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos a cada 100 mil mulheres. Mesmo sendo o mais recorrente, esse não é o único tipo de câncer que afeta as mulheres em todo o Brasil.
Por isso, a atenção quanto ao autoexame é essencial, sempre buscando a prevenção da doença, além da realização de checkups recorrentes, de acordo com a determinação médica, para prevenção desse e de outros tipos de câncer.
Se houver a necessidade de algum tratamento quimioterápico ou radioterápico, vale destacar que a sua cobertura, mesmo que feita a terapia em domicílio, é obrigatória a todos os planos de saúde. Consulte a sua operadora ou, no caso de negativa, procure um advogado especializado em direito à saúde.
Mesmo que sirvam para melhorar a estética do beneficiário – incluindo a utilização de próteses, como silicone nos seios ou nas nádegas –, quando utilizadas para reparar um dano e não somente para o embelezamento, devem ter cobertura pela operadora de saúde.
Seja no caso de cirurgia de mamas, bariátrica ou rinoplastia. Quando o objetivo é combater uma doença, uma deficiência ou deformidade do corpo, a palavra final, a indicar ou não a necessidade do procedimento, é do médico.
Portanto, se for comprovado que a intervenção visa a melhora da qualidade de vida ou tratamento de doença, deve-se exigir da operadora de saúde a cobertura do procedimento.
A Lei Federal 9.236/96, também conhecida como a Lei de Planejamento Familiar, determina a autorização do marido ou da esposa em caso de laqueadura ou vasectomia, que são métodos contraceptivos definitivos (esterilização). Ainda segundo o texto:
Os procedimentos de esterilização voluntária devem ser cobertos pelo plano de saúde, assim como a colocação de DIU, que é um procedimento completamente reversível e não se encaixa na categoria de procedimentos de esterilização, mas deve, da mesma forma, ser coberto ou reembolsado pela operadora.
Em caso de qualquer negativa injustificada, a pessoa deve procurar um advogado especialista na área da saúde e que seja de sua confiança para receber a orientação necessária sobre os próximos passos. A expertise no segmento ajudará a seguir o caminho mais rápido, confiável e assertivo para a resolução do seu problema.
Então, já sabe. Nada de deixar para depois!
O cuidado com a saúde da mulher é primordial e deve fazer parte da rotina.