O mês de outubro começou e com ele a campanha que chama a atenção para a conscientização sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama no Brasil e em todo o mundo. Com o decorrer dos anos é possível perceber como o “Outubro Rosa” se torna cada vez mais importante na luta pela saúde das mulheres.
Neste artigo, falaremos sobre o impacto do câncer de mama no Brasil e no mundo, além de abordar quais são os direitos dos pacientes que buscam a prevenção ou o tratamento da doença. Quer saber mais? Veja a seguir.
Segundo dados levantados pelo Intituto Nacional do Câncer (INCA), este é o tumor mais incidente entre mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020, o que significa 24,5% dos novos casos por câncer entre pacientes do sexo feminino.
No Brasil, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. De acordo com o INCA, estima-se que devem ocorrer 66.280 casos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo o instituto, a incidência desse tipo de tumor tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia.
A campanha foi criada em 1990, nos Estados Unidos, com a “Corrida Pela Cura” como seu grande marco inicial. No Brasil, as primeiras iniciativas do movimento demoraram um pouco para chegar com a realização das primeiras ações em 2008.
Veja mais sobre o câncer de mama no vídeo com o Dr. Dráuzio Varella:
Entre os eventos de conscientização que acontecem hoje no país, destaque para corridas, debates, iluminação de monumentos históricos com a cor rosa e, principalmente, a disseminação de informações sobre a necessidade do autocuidado e da realização de exames periódicos, para que a doença possa ser descoberta com antecedência e o tratamento adequado seja iniciado com agilidade, aumentando , consequentemente, as chances de cura.
É direito de homens e mulheres diagnosticados com câncer ter acesso ao tratamento contra a doença. (seja por meio de quimioterapia, radioterapia, cirurgia, etc).
É importante destacar que as operadoras de planos de saúde não podem negar, adiar ou cancelar esses tratamentos de doenças consideradas graves. O câncer é uma delas. Importante ainda ressaltar o que sempre falamos aqui no blog: A decisão sobre qual o melhor tratamento cabe somente ao médico que está acompanhando o caso. Devemos sempre lembrar que ele é o especialista e detém todas as informações sobre o paciente e as melhores estratégias para o combate à doença.
30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
E mais! Diante de um diagnóstico de uma doença de alto risco, cada minuto faz a diferença. Por isso a rapidez nas liberação do tratamento é fundamental e garantir essa agilidade é responsabilidade do plano de saúde.
Assim, a autorização de exames e tratamentos prescritos não pode encontrar barreiras burocráticas injustificadas ou ficar à mercê de avaliações demoradas, que põe em risco a saúde do paciente.
Além do tratamento contra a doença, exames e consultas, é direito da mulher que está passando pelo tratamento de câncer de mama realizar a cirurgia de reconstrução mamária, após Mastectomia. Os procedimentos têm natureza reparadora e devem ser cobertos do plano de saúde, como assegura a legislação brasileira, que garante, inclusive, a realização de procedimentos na mama oposta, de forma a manter a simetria entre as mamas, o que impacta de forma extremamente positiva na autoestima, autoconfiança e qualidade de vida da mulher.
Converse com o seu médico.. Ele poderá auxiliá-la no contato com um cirurgião-plástico que realize o procedimento, quando for o momento.
O tratamento contra o câncer deve estar disponível na rede rede credenciada do plano de saúde . Se a rede credenciada não atender as necessidades da paciente, o plano de saúde deve garantir o acesso ao exame/tratamento na localidade mais próxima do beneficiário e sem qualquer custo adicional ao beneficiário.
Qualquer dificuldade no agendamento de exames, na realização do tratamento, seja terapia ou procedimentos cirúrgicos, o paciente deve buscar auxílio especializado e procurar o Judiciário para garantir seus direitos. Para saber mais, converse com um advogado de sua confiança.