Meses depois da pandemia da Covid-19 se alastrar pelo mundo, a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que existem, ao menos, quatro pesquisas para desenvolvimento de uma vacina que atualmente estão em estado mais avançado, na chamada terceira fase de testes, a última antes da possível produção em massa.
A China é o país mais avançado nas pesquisas por uma vacina (tendo duas em fase mais avançada de pesquisa), sendo seguida pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.
Além disso, existem diversas drogas que estão sendo testadas como forma de medicar o paciente diagnosticado com Coronavírus, sendo, ao todo, 1.765 estudos ao redor do mundo.
O papel do Brasil na luta contra a Covid-19
O Brasil, atualmente considerado o epicentro da pandemia, conta com parcerias com dois laboratórios estrangeiros, que possuem amplos estudos e pesquisas em fase mais avançada, necessitando de milhares de voluntários.
Uma das vacinas que será testada no nosso país é originária da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Com a designação de ChAdOx1 nCoV-19, os testes vêm sendo coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reunindo ao menos dois mil voluntários.
A vacina é considerada a mais tecnológica em teste no Brasil, utilizando um adenovírus de chimpanzés que contém uma proteína de nome spike, usada pela Sars-CoV-2 para agredir as células do corpo humano.
A ChAdOx1 nCoV-19 será testada inicialmente em adultos entre 18 e 55 anos, priorizando o teste em profissionais de saúde e trabalhadores que sofrem maior exposição ao vírus.
Além disso, o Governo de São Paulo anunciou uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac Biotech, com o intuito de realizar a fase 3 de testes da CoronaVac no Brasil.
Essa outra candidata usa um método considerado mais tradicional para criar a imunização, com uma versão quimicamente inativa do Sars-Cov-2. Segundo os estudos feitos na China pela empresa, a administração da CoronaVac não produziu efeitos colaterais graves em mais de 90% das pessoas em um intervalo de duas semanas.
Após a comprovação da eficiência das vacinas, poderá ser iniciado o processo de produção em massa. Segundo a OMS, será possível contar com ao menos 2 bilhões de doses em 2021.