O Brasil é líder em número de cirurgias plásticas pelo mundo. Com cerca de 1,5 milhão de procedimentos realizados por ano, o nosso país supera os Estados Unidos, com 1,350 milhão, enquanto o México possui 535 mil.
Os dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram o quanto a área é popular entre brasileiros e brasileiras. Porém, será que todos eles possuem viés essencialmente estético? E quando as cirurgias são recomendadas por médicos especialistas, pois afetam a saúde dos pacientes? Como funciona a cobertura desses procedimentos? Em que momento o paciente pode acionar o plano de saúde?
No conteúdo a seguir, nós vamos esclarecer todas as dúvidas. Acompanhe!
Cirurgias plásticas mais realizadas
As cirurgias plásticas não possuem somente caráter estético, mas aquelas que envolvem uma mudança na aparência são as que têm mais procura.
A lipoaspiração e o implante de silicone, somados, representam 30% da totalidade dos procedimentos realizados no Brasil. Seguidos de Abdominoplastia (10%), Blefaroplastia (9,7%) e Gluteoplastia (7,7%), fechando os cinco primeiros lugares da pesquisa.
Quando a cirurgia plástica possui cobertura do plano de saúde?
A Agência Nacional de Saúde Suplementar não obriga as coberturas de cirurgias plásticas com finalidade estética. Porém, aquelas que são reparadoras devem ser cobertas pelos planos de saúde, de forma total ou parcial. As mais comuns são:
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Mamas: Segundo o Instituto Nacional de Câncer, cerca de 60 mil casos de câncer de mama são registrados por ano. Em muitos casos, a retirada da mama é necessária para concluir o tratamento. A reconstrução mamária pós cirúrgica é um procedimento estético essencial, portanto tem a cobertura.
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Rinoplastia: Esse procedimento também tem grande procura. Mais de 70 mil casos ao ano. Mas o incômodo com o nariz não é somente pela parte estética. A cirurgia conhecida por corrigir imperfeições também é feita para aliviar o sistema respiratório com o corte de carne esponjosa e cartilagem, além de corrigir o desvio de septo.
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Queimaduras: Quando há queimaduras de segundo e terceiro grau na pele, o cirurgião plástico atua no processo que facilita e auxilia a cicatrização da cútis. Uma cicatrização malfeita pode resultar na perda da mobilidade nas áreas das juntas, já que a pele não recuperou sua elasticidade.
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Quelóide: Os quelóides são cicatrizes imperfeitas, com coloração diferente ou volume, decorrentes de inflamações ou cortes. Com a ferida, o corpo para de fornecer colágeno e a cicatrização se torna patológica. Algumas delas podem causar sensação de queimadura e coceiras constantes, necessitando remoção.
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Bariátrica: A redução do estômago, pelos mais diversos meios, não tem só o objetivo estético de emagrecer. Mas também de evitar problemas maiores decorrentes da obesidade, como: dificuldade de locomoção, problemas cardíacos, diabetes, colesterol elevado, entre outros.
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Blefaroplastia: O excesso de pele nas pálpebras causa a impressão de envelhecimento precoce, por isso o procedimento estético é bastante procurado. Mas, essa cirurgia na região dos olhos também resolve alguns problemas de saúde. Esse excesso de pele pode ser a causa do lacrimejamento excessivo e também da diminuição considerável do campo de visão.
Como solicitar a cobertura do plano de saúde?
Os inúmeros tipos de cirurgias plásticas podem solucionar problemas de saúde também.
Com um encaminhamento médico completo, laudos e relatórios bem estruturados, a solicitação de cobertura de um procedimento estético, visando sempre a melhora da saúde do paciente, pode ser feita junto ao plano de saúde.
Procure uma assessoria jurídica especializada para tirar todas as suas dúvidas.