Retinoblastoma. O tumor maligno que se desenvolve na retina (dentro dos olhos) foi bastante comentado na imprensa e nas mídias digitais na última semana depois que o apresentador e jornalista Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, revelaram em um vídeo publicado em suas redes sociais que sua filha, Lua, de 1 ano de 3 meses, foi diagnosticada e estava há 4 meses lutando contra a doença.
Mesmo com tantas fontes e referências de informação sobre o tema, você sabe o que é retinoblastoma ou como o câncer pode ser diagnosticado? Se deve procurar um oncologista ou oftalmologista e se o tratamento deve ser coberto pelo plano de saúde?
Se essas perguntas trouxeram mais dúvidas do que respostas na sua cabeça, fique tranquilo. No decorrer desse conteúdo, nós compartilharemos com você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe!
É um tipo raro de câncer ocular, mais comum entre as crianças. Cerca de 3% dos tumores infantis são causados pela doença, o que totaliza aproximadamente 400 casos por ano.
De 60% a 75% dos casos são esporádicos, ou seja, quando a célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente. Na maioria dos casos, essa forma do retinoblastoma acontece em crianças com mais de 1 ano de idade.
“Os demais casos são hereditários e a criança tem uma mutação em um gene supressor de tumor, presente em todas as células do corpo”. (Fonte: Ministério da Saúde)
Entre os sintomas mais comuns temos o chamado “olho de gato”, que se apresenta quando uma área branca ou opaca é perceptível quando há reflexão de luz na retina (também chamada de leucocoria), assim como dor no olho, ambliopia, globo ocular maior do que o normal e estrabismo.
Além disso, existem 3 tipos diferentes de tumor que podem aparecer na criança.
(Fonte: Ministério da Saúde)
Em primeiro lugar, é importante destacar que, como em qualquer tipo de câncer, o diagnóstico precoce é um requisito básico para o sucesso do tratamento. Portanto, o primeiro ponto é realizar o chamado “Teste do Olhinho”, exame feito pelo neonatologista ainda na maternidade.
É importante levar a criança ao oftalmologista com frequência até os 5 anos de idade, sempre procurando fazer o chamado “Teste do Olho Vermelho”. Outro ponto essencial é checar se há histórico de retinoblastoma na família.
Ele pode variar de acordo com o tamanho, o grau da doença, a localização e se ela está disseminada ou circunscrita. Na maioria dos casos, o retinoblastoma é curável por meio de quimioterapia, radioterapia, tratamento oftalmológico ou a laser. Somente em alguns casos é necessária uma intervenção cirúrgica em que é retirado o globo ocular. O procedimento é chamado de enucleação.
Embora os planos de saúde insistam em negar cobertura a alguns tipos de exames e tratamentos, há diversas decisões no sentido de que, em casos de retinoblastoma, ele deve ser coberto.
Em recente julgamento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo, foi a operadora de seguros condenada à fornecer cobertura a quimioterápico que não estava registrado para tratamento do retinoblastoma, mas que vinha sendo utilizado pela comunidade científica e apresentando bons resultados (uso off label).
Dessa forma, se houver alguma negativa e você sentir que foi lesado de alguma forma, lembre-se de buscar informação de uma assessoria jurídica especializada e que seja de sua confiança.