Nem todo mundo sabe ou se lembra, mas o mês de agosto é o período do ano em que há um movimento de conscientização na luta contra o tipo de câncer que, desde 1985, é o primeiro em mortalidade no mundo todo: o câncer de pulmão.
Como estamos lidando com uma doença complexa e silenciosa, a campanha Agosto Branco foi instituída há seis anos com objetivo de fazer com que as pessoas que fazem parte do grupo de risco procurem tratamento médico. Como saber o que deve ou não ser coberto pelo plano de saúde?
Esse texto foi pensado exatamente para esclarecer essas e outras dúvidas dos pacientes que lutam contra o câncer de pulmão. Nos próximos parágrafos, vamos mostrar o que você precisa saber sobre os sintomas, cuidados, medicamentos e tudo o que deve ser coberto pelo plano de saúde. Vamos lá?
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), mais de 1,7 milhão de pessoas foram vítimas de câncer de pulmão em todo o mundo, ao longo de 2020. Essa doença causou mais de 30 mil mortes apenas no Brasil.
Inclusive, aqui no país, ele é o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens e as mulheres e representa 13% dos todos os casos novos de câncer descobertos.
Fatores de risco são situações que aumentam as chances de uma pessoa contrair a doença. Eles podem ser controlados, outros não. Nós separamos alguns deles que contribuem para que as pessoas desenvolvam esse tipo de tumor. Veja:
Quando descoberto com antecedência, a chance do paciente vencer a luta contra o câncer aumenta consideravelmente. No entanto, os tumores no pulmão são extremamente silenciosos e difíceis de diagnosticar na fase inicial.
Caso a pessoa se encaixe no grupo de risco acima, ela pode tomar a iniciativa de procurar um médico e fazer os exames necessários, mesmo sem sintomas. Afinal, esses sintomas só aparecem quando a doença já está em estágio avançado e, normalmente, são:
Como funciona o diagnóstico?
No começo, usualmente, quando não há sintomas, a investigação tem como objetivo apenas levantar o histórico do paciente. Nesses casos, é relevante uma análise dos resultados dos exames anteriores, especialmente os de radiografia (Raio-X) do tórax.
Nos casos em que o paciente apresente sintomas, faça parte de um grupo de risco ou mesmo se for constatada a presença de lesão no pulmão pelo médico, podem ser exames complementares que confirmem o diagnóstico, como a broncoscopia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e biópsia.
Depois que o câncer de pulmão foi descoberto, o primeiro passo é procurar um oncologista especialista na área para encaminhá-lo ao tratamento, que pode variar de acordo com a gravidade e estágio da doença.
Em casos de Pequenas Células (limitada ou extensa) e Não Pequenas Células (em Estágios I, II, III e IV) podem ser recomendadas radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, cirurgia e até a combinação desses tratamentos.
O médico também pode receitar fototerapia dinâmica, que funciona com a injeção de medicações e, posteriormente, ativação com laser. A recuperação ainda pode envolver sessões com outros profissionais, como fisioterapeutas, por exemplo, além da medicação e tratamento via oral, que devem ser cobertos pelo plano de saúde.
Nem todos os pacientes com câncer sabem sobre os seus direitos em relação aos planos de saúde. A seguir, veja os cinco pontos principais que merecem atenção:
Diante de qualquer negativa por parte do plano de saúde ou dúvida sobre a cobertura de um procedimento que fez com que o paciente se sinta lesado, a recomendação é procurar um advogado especialista em Direito Médico para esclarecer e tirar todas as dúvidas necessárias. Procure um profissional de sua confiança.