Nos últimos 10 anos, o número de casos enquadrados como erro médico cresceu muito no Brasil. Antes mesmo da pandemia, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRM-SP) registrou um crescimento de mais de 300% nas ações de erros médicos. Após a chegada da Covid-19, mais fatores influenciaram mais ainda a alta das estatísticas.
Desde março de 2020, a situação imposta pelo novo coronavírus mudou todo o sistema de saúde do país. Tanto nos hospitais públicos quanto particulares, essa nova rotina frenética trouxe todo tipo de consequências. Acompanhe a seguir:
O sistema de saúde brasileiro mostrou que não estava totalmente preparado para uma pandemia. Com cada vez mais casos de pacientes infectados, a estrutura colapsou em determinados locais e períodos deste ano, durante a segunda onda da Covid-19
Em diversas regiões do país faltaram materiais, medicamentos e pessoas, o mínimo de condição para os profissionais da área da saúde desempenharem suas funções.
Os casos de maior repercussão foram dois. A falta de oxigênio em Manaus-AM e o fim dos estoques de sedativos para intubação de pacientes. Ambos estamparam as capas dos jornais por algumas semanas e exemplificam o tamanho do problema.
Cenário caótico. Superlotação dos leitos, falta de materiais para exercer suas funções, número insuficiente de profissionais, muitas vezes com o quadro de funcionários completado com inexperientes ou recém-formados e jornadas exaustivas com mais de 15 horas. Tudo por mais de um ano.
Como fica a saúde mental e emocional do profissional da saúde? A matéria publicada pelo The Intercept retrata bem o caos que virou a saúde no país. No texto, alguns membros da área médica relatam os problemas enfrentados nos longos dias de pandemia.
“Todo mundo da saúde está em um momento de exaustão física e mental. E aí surgem os vários problemas, aumenta a chance de erro assistencial. Não é necessariamente por incompetência, imperícia. É exaustão mesmo”, disse um dos entrevistados que não quis se identificar durante a entrevista para o jornal.
A medicina é uma profissão que demanda extrema precisão e, qualquer profissional que não está na sua melhor condição para desempenhar o seu papel está mais sujeito a cometer erros – ou mesmo deixar de fazer algo que deveria ter feito.
Portanto, nessas e outras situações, um médico focado na prevenção e que pode contar com uma boa assessoria, consegue seguir os protocolos e evitar – ou ao menos minimizar – a ocorrência de complicações suficientes a ensejar uma ação judicial, como já comentamos aqui no blog.
Em caso de dúvidas, procure um advogado de sua confiança para orientá-lo da melhor forma nesse período conturbado em que vivemos.