Em sessão extraordinária realizada na última quarta-feira, dia 19 de janeiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão do exame de teste rápido para diagnosticar a Covid-19 no Rol de coberturas obrigatórias para os beneficiários de planos e seguros de saúde.
A Resolução Normativa nº 478/2022 já foi publicada no diário oficial, mas com algumas observações importantes ao paciente.
Para que a cobertura do teste (rápido que identifica o antígeno SARS-Cov-2) seja obrigatória, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
Além do teste rápido, existem algumas outras alternativas para identificar a Covid-19. Com tempos, focos e finalidades diferentes. Veja a imagem a seguir:
Coincidentemente, na mesma data da resolução nº 478/2022, o mundo teve o dia com o maior número de infectados desde o início do surto da Covid-19.
No dia 19 deste mês, 3,8 milhões de casos foram registrados. Dados levantados pela plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford. Isso está diretamente relacionado à decisão da ANS com a cobertura dos testes rápidos.
A nova variante da Covid-19, Ômicron, por ser muito mais contagiosa, ligou o alerta das autoridades brasileiras após a sobrecarga de hospitais e farmácias em busca de possíveis novos diagnósticos da doença.
Quem explica melhor é o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, em declaração após a reunião que decretou a nova resolução.
“Neste momento, compreendemos que a inclusão do teste rápido para detecção de antígeno pode ser realmente útil, tendo em vista que os testes rápidos são mais acessíveis e fornecem resultados mais rapidamente que o RT-PCR, por exemplo. Assim, o teste de antígenos pode ampliar a detecção e acelerar o isolamento, levando a uma redução da disseminação da doença e, por consequência, a uma diminuição da sobrecarga dos serviços laboratoriais. Ao mesmo tempo em que tomamos a decisão responsável de manter o acesso ao padrão ouro de diagnóstico, o RT-PCR”.
A variante que assola o mundo neste início de 2022 ainda gera muitas dúvidas. Descoberta no final do ano passado, no sul do continente africano, é 3 vezes mais transmissível que as variantes anteriores da Covid-19; os primeiros estudos, felizmente, indicam ser ela menos agressiva ao sistema respiratório.
Essa informação, somada ao avanço da vacinação, fez com que a preocupação com aglomerações e outros protocolos de segurança já conhecidos não fossem seguidos como deveriam.
O relaxamento, contudo, é precoce, já que a variante em tela pode causar quadros graves:
A pandemia parece estar longe de acabar, portanto não é o momento de descuidar.
Isolamento, distanciamento social e utilização de máscaras ainda são realidades do nosso cotidiano e essenciais para controlas o avança da pandemia. Proteja-se a si e aos outro, vacine-se e busque assistência especializada quando necessário.