Por vezes, na relação entre paciente e médico, surgem episódios que podem levar a conflitos que, com alguma frequência, acabam sendo levados ao Poder Judiciário ou aos Conselhos de Medicina.
Dados do CRM (Conselho Regional de Medicina) mostram que, desde 2013, mais de 1.180 casos foram julgados em processos ético-profissionais. Entre as especialidades mais denunciadas estão: Urgência e Emergência, Ginecologia e Obstetrícia e Cirurgia Plástica.
Para evitar situações similares, o médico deve ficar atento a alguns pontos. O primeiro envolve a plena informação ao paciente, que deve ser expressamente comunicado a respeito dos riscos do procedimento que será realizado, além das intercorrências que podem dele decorrer.
Essas informações devem estar contidas no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que tem por finalidade instrumentalizar o cumprimento do dever de informação, e que contemplará a natureza do procedimento, seus riscos e benefícios e as caraterísticas de cada paciente.
Além disso, o fortalecimento da relação do médico com seus pacientes e familiares pode evitar potenciais conflitos.
Outro ponto necessário para o profissional da saúde é ter um relatório da sua consulta com o paciente, com um prontuário bem preenchido e legível, essencial para o esclarecimento de todas as questões envolvidas no tratamento.
A observação do dever de informação e o estreitamento da relação médico-paciente são elementos importantes para manter vínculos saudáveis e evitar conflitos que, não raras vezes, são prejudiciais a todos os envolvidos.