Qual é a rede social mais recomendada para os médicos? A resposta para essa pergunta vai muito além do simples LinkedIn, Instagram, YouTube, Twitter, Facebook, Pinterest ou TikTok. Na verdade, não existe um canal digital pouco ou muito recomendado para um profissional de medicina. O importante é saber como se comportar e qual conteúdo publicar nas suas plataformas, sem que haja problemas com a legislação que regulamenta as regras da publicidade médica hoje no Brasil. E é sobre esse tema que falaremos no texto a seguir. Acompanhe!
Você sabia que pelo menos 26% dos brasileiros recorrem ao YouTube quando se deparam com algum problema de saúde antes de ir ao médico? A informação foi divulgada pelo próprio Google, que também que revelou que uma a cada 20 pesquisas realizadas no buscador está de alguma forma relacionada à saúde.
Com cada vez mais seguidores, influenciadores e informações circulando nesses canais de divulgação, é fundamental que os médicos estejam atentos ao que podem ou não podem compartilhar nas suas redes sociais.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), não existe qualquer proibição para que médicos possam criar perfis nas redes sociais. Entretanto, existem algumas regras que devem ser observados e condutas que devem ser evitadas, tomando como referência a Resolução CFM nº 2.126/2015.
Se por um lado, telefone e endereços estão liberados, outras informações são proibidas e não devem ser utilizadas, como:
Se ainda assim houver dúvidas quanto ao conteúdo que os médicos podem divulgar em seus canais digitais, é só acessar a cartilha completa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina, clicando aqui.
As punições podem variar de acordo com a gravidade da conduta e natureza da infração. Os casos serão apreciados e julgados pelo Conselho Regional de Medicina da jurisdição em que o profissional exerce suas atividades. As penas poderão variar de uma simples advertência até a cassação do exercício profissional, em hipóteses raras e muito graves, geralmente ligadas a condutas reincidentes.
Um profissional de saúde tem conhecimento técnico e autoridade em relação ao conteúdo que está divulgando, logo carrega com ele certa responsabilidade sobre o seu posicionamento diante de alguns temas relacionados à sua área de atuação.
Quando o médico age com essa mentalidade, ele encontra nos canais digitais como blog, redes sociais e site uma ferramenta que potencializa a informação, levando conteúdo relevante para o maior número de pessoas. Outro ponto positivo é a proximidade com o público mais jovem, o que pode ser bastante aproveitado em especialidades como a oncologia, ginecologia, radiologia e urologia, por exemplo.
O primeiro passo é consultar uma assessoria jurídica especializada na área médica ou um advogado de confiança para que ele explique as restrições quanto à divulgação do conteúdo e e transmita orientações sobre os riscos que o médico está correndo caso não siga as normas do Conselho Federal de Medicina.