Uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) constatou que o Brasil se tornou o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com depressão e ansiedade no mundo. E como se não bastasse o alto histórico de casos no país, os índices dispararam ainda mais após a pandemia de Covid-19.
Para piorar, a doença não se limita aos adultos e atinge adolescentes e crianças, que passaram a fazer parte da lista de pessoas que sofrem com depressão, como mostra a matéria feita pelo Jornal da Cultura. Assista:
Com essa evolução nos casos, a busca por ajuda aumentou muito no decorrer do último ano. Além do mais conhecido método de tratamento, à base de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, existem outros meios de controlar a doença.
Alguns tipos de terapias, desde que o caso tenha a devida indicação, são prescritas por psiquiatras para auxiliar os pacientes a levarem uma vida mais saudável, são elas:
Esse tipo de terapia é bastante comum no combate à depressão. Dentro da psicologia e da psiquiatria existem alguns métodos de acompanhamento do paciente em que é possível tratar os sintomas de depressão e de ansiedade.
Como saber qual é o ideal para você? O ideal é contar com o suporte de um profissional especializado que irá entender o seu perfil e a gravidade dos sintomas para, então, indicar o melhor maneira de cuidar dela. Dependendo do caso, ele recomendará uma linha específica de psicoterapia, veja alguma delas a seguir:
Aprovada no Brasil, em 2012 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o tratamento consiste em sessões de estímulos magnéticos no cérebro. Por meio de um capacete, o médico controla a intensidade dos pulsos para locais direcionados com objetivo de diminuir, ou até mesmo eliminar, os sintomas da depressão. O procedimento é totalmente indolor e sem cortes e, por isso, é muito bem aceito pelos pacientes.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a técnica difere do eletrochoque, muito utilizado de maneira desumana por volta de 1930.
A Eletroconvulsoterapia é um tratamento em que os profissionais utilizam a corrente elétrica para produzir uma convulsão generalizada e só é feita com o paciente sob efeito de anestesia geral. A terapia é geralmente recomendada nos casos mais graves e refratários, quando não há resposta satisfatória a medicamentos psiquiátricos e outras intervenções terapêuticas.
Além de servir para tratar transtorno afetivo bipolar, a ECT também pode ser aplicada em pessoas com depressão severa, esquizofrenia, em alguns casos de epilepsia e nos de catatonia. Em episódios de depressão, várias revisões e estudos já estimaram que o índice de remissão do quadro com a ECT é de aproximadamente 80%.
Em casos em que a depressão mostra alguma resistência aos medicamentos iniciais, a Escetamina surge como uma alternativa no tratamento da doença. Apesar de ter sido aprovada nos Estados Unidos desde 2019, ela ainda é considerada no Brasil como um medicamento “off-label”, justamente por não ter sido aprovado e regulamentado pelos órgãos de saúde, portanto não consta no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A Escetamina é uma derivação do anestésico Cetamina (ou Ketamina em português de Portugal), criado em 1960 e feito para induzir e manter as pessoas em estado total de ausência de dor e outras sensações, geralmente durante cirurgias. Recentemente, estudos descobriram que a Cetamina tem efeito antidepressivo quando aplicadas em quantidades muito baixas nos pacientes. Segundo o Instituto de Neurociências João Quevedo:
“Os estudos têm demonstrado que a resposta antidepressiva da medicação pode atingir até 70% dos indivíduos que se submetem ao tratamento.” – Dra. Ritele Hernandes
O Rol da ANS é importante para garantir que os eventos e procedimentos mínimos tenham a cobertura dos planos de saúde, mas ele não limita a possibilidade de oferecer outros procedimentos que ainda não fazem parte da lista, como os tratados neste artigo.
Afinal, no Rol não constam todas as possibilidades existentes de tratamentos validados continuamente por estudos médicos e pela comunidade científica em geral, tendo em vista o seu criterioso e demorado processo de inclusão.
Portanto, caso ocorra uma negativa abusiva do plano de saúde, é recomendável ao segurado buscar advogados especialistas no assunto, para fazer valer seus direitos e, assim, poder receber o tratamento necessário para o controle e a possível cura da sua doença.