Como o tempo é essencial no combate ao câncer de mama?

O câncer de mama ainda é o que mais atinge as mulheres no Brasil. Por isso, a campanha “Outubro Rosa”, em evidência nos últimos anos, é de extrema importância para o alerta sobre a necessidade de diagnosticar a doença cada vez mais cedo.

A primeira medida específica para os casos de câncer de mama foi tomada somente em 1984, quando o Programa de Assistência à Saúde da Mulher (PAISM), lançado pelo Ministério da Saúde, promoveu ações para a detecção precoce da doença.

A iniciativa deu resultado e, desde então, os números de casos curados e pessoas livres do câncer só aumentam. A comunidade médica, em especial os oncologistas, alertam expressamente que quanto antes o câncer for descoberto, mais eficaz e menos agressivo será o tratamento.

Tipos de câncer mais comuns

Existem vários tipos de câncer de mama e a única coisa em comum é a célula maligna encontrada na região mamária. A partir daí, outros fatores são analisados e somente com a constatação do tipo de tumor encontrado é possível determinar o tratamento específico daquele paciente.

Veja alguns exemplos de diagnósticos mais comuns:

• Carcinoma ductal in situ (ou não invasivo): as células cancerígenas não chegaram à membrana basal subepitelial, descartando-se a metástase;
• Carcinoma ductal invasivo: começa em um ducto de leite, invade a sua parede e chega ao tecido adiposo da mama. Nesse caso, por meio da metástase, pode se espalhar para outras partes do corpo;
• Carcinoma lobular in situ (não invasivo): a célula cancerígena é encontrada na glândula produtora de leite.
• Doença de Paget: o tumor tem o desenvolvimento no tecido conjuntivo das mamas. Pode ser identificado por vermelhidão, dor e coceira.

Tratamento

A partir do diagnóstico, o médico decidirá o melhor caminho a seguir. Alguns procedimentos complementam e auxiliam como um pilar na recuperação da doença, como:

1. Quimioterapia: tratamento à base de medicamentos, administrados tanto pela via oral como intravenosa. Pode ser usada em três processos: (i) como o procedimento principal contra o câncer de mama; (ii) antes de uma cirurgia, combatendo as células cancerígenas para diminuir o tumor, chamado de quimioterapia neoadjuvante; (iii) ou no pós-operatório, nomeada adjuvante, com o objetivo de eliminar as células cancerígenas remanescentes que não foram identificadas.
2. Cirurgia: existem dois tipos principais. A mastectomia, quando toda a mama é retirada, junto com tecidos da região mamária e até mesmo – dependendo da gravidade – de locais próximos, como abdômen e axila, por exemplo. Outro processo cirúrgico é a conservadora de mama, que consiste em não retirar a mama por completo, mas sim a maior parte possível do tumor.
3. Radioterapia: Esse processo consiste em utilizar radiação ionizante para destruir e frear o crescimento de células anormais que formam o tumor. Normalmente utilizada no pós-operatório, combate a chance de reincidência nas áreas próximas à mama ou nos linfonodos. É também indicada quando o tumor já se espalhou por outros órgãos, tentando evitar uma propagação maior.
4. Acompanhamento psicológico: o acompanhamento psicológico é essencial para contornar uma situação tão delicada, visto que os tratamentos, na sua grande maioria, são invasivos e mexem com a parte física, hormonal e psicológica das pessoas. Por tal razão, verifica-se ser de suma importância procurar um profissional para cuidar também da saúde mental do paciente.

Pós

Como se trata de uma doença agressiva, ela deixa marcas. O tratamento mexe muito com o corpo e mente. Portanto, não é só superar o câncer. Em alguns casos, como a mastectomia, é necessário fazer uma reconstrução do local afetado ou do tecido epitelial. Em outros, tratamento à base de medicamentos para controle e também para evitar a volta do câncer. Em muitos casos, a cirurgia reparadora, para reconstituição da área afetada, também se mostra necessária. Sempre lembrando da importância do acompanhamento psicológico, base estruturante para retomar a vida normal.

Prevenção

A campanha “Outubro Rosa” sempre destaca a importância da prevenção: sempre fique atento a qualquer sinal que indique um possível problema. Converse com seu médico. A palavra do profissional, no que diz respeito ao tratamento, é a que vale, seja quanto à realização de exames ou em tratamentos indicados no pré, durante e após o diagnóstico.

Nesses casos, não hesite em se cuidar: dependendo da urgência e necessidade imposta pelo médico, o seu plano de saúde deve fornecer cobertura ao tratamento completo, muitas vezes independentemente das cláusulas de carência presentes no contrato, .

Se tiver alguma dúvida ou necessidade, procure uma assessoria especializada na área médica. A expertise sobre o assunto é um facilitador para se conseguir o necessário na hora de tratar uma doença tão séria como o câncer.